Face ao excelente resultado da primeira fase de implantação, grupo Atvos amplia projeto CUBO.

A Zella Sistemas participou no ano passado da primeira fase do projeto “CUBO”, desenvolvido pela Atvos, em conjunto com diversas empresas, com o foco na integração das operações de logística agrícola. Agilizar as atividades agrícolas, aumentar a produtividade das máquinas e reduzir custos são alguns dos principais objetivos do “CUBO”.

A ideia é que a empresa direcione os recursos economizados com máquinas e equipamentos (que consomem entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões por safra), ao plantio de cana-de-açúcar. A área é a que mais precisa de investimento, após anos de crise que levou a empresa a uma recuperação judicial no mês de agosto e a uma disputa societária. A homologação se deu mesmo em meio à confusão gerada depois que o Lone Star comprou de credores da Odebrecht, por R$ 5 milhões, o controle da sucroalcooleira. Essa aquisição é questionada pela Odebrecht na Justiça e em tribunal arbitral e a pendenga segue indefinida.

O projeto que teve início nas unidades de Eldorado e Santa Luzia, já registrou ganhos de até 25%. Segundo Rodrigo Vinchi, diretor agrícola da Atvos, “havia uma central de monitoramento, mas não com visão integrada. Se tivesse um caminhão quebrado na estrada, ou se a indústria estivesse com problema, não havia interligação. Agora vemos todo o processo”, afirmou.

Nas usinas sul-mato-grossenses, foram instaladas torres de satélite e sistemas de automação que permitem que operadores façam a gestão das máquinas agrícolas em tempo real e partir de uma central em Campinas (SP). Durante a pandemia, esse controle vem sendo realizado em home office.

O grupo vai expandir o projeto “Cubo” para as oito usinas em atividade até março de 2021. Com um investimento de R$ 12 milhões em todas as unidades, a redução de custos esperada é de R$ 34 milhões ao ano, ante investimentos na área agrícola que ficam entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões por temporada.

Vinchi estima que a economia prevista com o projeto permitirá o plantio de 4 mil a 5 mil hectares de cana-de-açúcar ao ano - o que, se traduzidos apenas em áreas novas, representaria cerca de 300 mil toneladas de cana colhidas a mais em cada safra. Na safra atual (2020/21), a companhia deve moer 27 milhões de toneladas de cana, em linha com o volume moído na safra passada (26,9 milhões).

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